segunda-feira, 4 de abril de 2011

Murilo Ferreira é indicado para substituir Roger Agnelli na Vale

   O executivo Murilo Ferreira foi indicado pelos acionistas controladores da Valepar para substituir Roger Agnelli na presidência da Vale, segundo comunicado divulgado ao mercado. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira (4) em reunião de acionistas da companhia, que é controladora da mineradora.
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   A indicação depende da aprovação do Conselho de Administração da Vale. Se aprovada, Ferreira assume o posto de diretor presidente a partir do dia 22 de maio, após o fim do mandato de Agnelli.

   A Valepar é a principal acionista da Vale, com 53,5% das ações ordinárias (com direito a voto) da mineradora. A Litel, formada pelos fundos de pensão, tem, por sua vez, 49% da Valepar. A Bradespar, comandada pelo Bradesco, tem outros 21,21%; enquanto o Mitsui e o BNDESpar têm, respectivamente, 18,24% e 11,51% da controladora da Vale.
"Nesta oportunidade, os acionistas da Valepar reiteram seu reconhecimento ao Roger Agnelli pelo sucesso na condução da Vale nesses últimos anos, contribuindo para que a Vale alcançasse a posição de destaque que desfruta atualmente, no País e no exterior", afirma o comunicado assinado por Guilherme Perboyre Cavalcanti, diretor executivo de Relações com Investidores.

O executivo
Murilo Ferreira tem 58 anos e é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), com pós-graduação em Administração e Finanças pela FGV do Rio de Janeiro e especialização em M&A pela IMD Business School, em Lausanne, na Suíça.
O executivo tem mais de 30 anos de experiência no setor de mineração, tendo ingressado na Vale em 1998 como Diretor da Vale do Rio Doce Alumínio - Aluvale, atuando em diversos cargos executivos até sua saída em 2008, quando atuava como presidente da Vale Inco (atual Vale Canadá) e Diretor Executivo de Níquel e Comercialização de Metais Base da Vale, quando foi substituído por Tito Martins.
Saída de Agnelli
NÚMEROS DA VALE
 20012010
Lucro líquidoUS$ 1,3 bilhãoUS$ 17,3 bilhões
Produção de ferro (em milhões de toneladas métricas)134,3297,0
Valor de mercadoUS$ 9,3 bilhõesUS$ 176,3 bilhões
ExportaçõesUS$ 3,3 bilhõesUS$ 29,1 bilhões
 
A campanha pela saída de Roger Agnelli da presidência da Vale, cargo que o executivo ocupa desde 2001, começou ainda em 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando, durante a crise econômica, a Vale demitiu quase 2 mil trabalhadores, medida que irritou o governo. Até aquele momento, o presidente e Agnelli mantinham uma relação próxima.
Em 2009, Lula criticou a Vale, defendendo que a empresa precisava exportar mais valor agregado, não apenas minério de ferro.
Embora a Vale tenha sido privatizada em 1997, o governo exerce influência na companhia por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de fundos de pensão de empresas estatais liderados pela Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), que são acionistas da mineradora. Junto com a Bradespar (empresa de participações ligada ao Bradesco) e da trading japonesa Mitsui, eles controlam a Vale.
O mercado teme que haja interferência política na Vale que, sob o comando de Roger Agnelli, chegou à posição de segunda maior mineradora do mundo e maior exportadora brasileira. Em 2010, a empresa registrou lucro de R$ 30,1 bilhões, “o maior da história da mineração”, segundo a companhia.
A preocupação é que a mineradora possa orientar suas ações mais para atender aos objetivos do governo, prejudicando os acionistas.

domingo, 3 de abril de 2011

O que dá para fazer com R$ 1 milhão ?

Já pensou em ter R$ 1 milhão? É um bom dinheiro, mas hoje em dia o que dá para fazer com esse valor? Aposentar-se? Comprar uma casa na praia? O Bom Dia Brasil fez as contas. Os preços enlouqueceram de tal maneira que o milhão hoje em dia compra bem menos do que se imagina.
O que você faria com R$ 1 milhão? “Daria para resolver meus problemas e fazer muita coisa ainda”, comenta um jovem. Quantos sonhos de consumo! “Compraria uma casa e um carro”, diz um carioca. “Carro importando e uma viagem para a Europa”, cita outra carioca. E a tão desejada aposentadoria? “Eu pararia de trabalhar”, diz umr apaz.
Será que dá para tudo isso? “Dependendo do apartamento, pode ser que o dinheiro fique apertado”, comenta o economista do Ibmec, Gilberto Braga.
O milhão já não é mais o mesmo. Com esse dinheiro, muita gente sonha com uma bela casa ou um apartamento de luxo, mas não se for num bairro nobre do Rio de Janeiro, onde será erguido um prédio com apartamentos de dois quartos e 92 metros quadrados. Com R$ 1 milhão, não dá para fechar negócio. “Com um milhão, você só dá a entrada”, afirma o corretor.
Sabe quanto custa esse dois quartos na planta? “Você vai conseguir comprar a partir de R$ 1,4 milhões. Este é o valor”, informa o diretor de uma construtora, Isaac Elehep. Tem comprador? “Já tem 80% do empreendimento vendido”, acrescenta Elehep.
Se o milionário preferir mais conforto, pode se hospedar na suíte de um hotel de luxo, só que em cinco meses e meio, lá se vai o milhão. Também dá para viajar pelo mundo, mas dependendo do pacote R$ 1 milhão voa.
“Você gasta fácil R$ 1 milhão: basta fretar um jatinho para ir a Paris, aluga uma suíte num castelo no Vale do Louis, mais dez dias de limusine, jantando e almoçando em excelentes restaurantes. Pronto: já foi o R$ 1 milhão”, calcula Francisco Leme, que é dono de uma agência de viagem.
Quer ver outras maneiras de acabar rapidinho com o seu milhão? Uma festa particular com show do Luan Santana, só de cachê é quase meio milhão: R$ 400 mil. Um carro como à venda no Brasil custa R$ 800 mil. São luxos só para os verdadeiros milionários, que hoje são pessoas que tem muito mais zeros na conta bancária. Para ser milionário precisaria de quanto? “Bastante milhões, bilhões, trilhões”, brinca uma jovem.
“Hoje, para ser considerada uma pessoa milionária, na verdade você precisa ter R$ 1 bilhão. Ou seja, você não é mais um milionário. Você é um bilionário para estar na lista dos mais ricos do mundo”, afirma o economista do Ibmec, Gilberto Braga.
Mas R$ 1 milhão no bolso pode render. “A partir de R$ 1 milhão, você consegue fazer muita coisa, até multiplicar e vai embora”, comenta um carioca. “Tem de botar na poupança e aplicar”, acredita a jovem.
O economista faz as contas. Na poupança dá cerca de R$ 7 mil por mês. “Ajuda, mas dificilmente faz dessa pessoa um milionário”, calcula o economista Gilberto Braga.
Se quem tem um milhão já não é mais milionário, é o quê? “Uma classe média alta”, aposta um senhor. “Não sei, acho que feliz eu ficaria”, resume um carioca.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/04/diante-do-alto-custo-ja-nao-se-fazem-mais-milionarios-como-antigamente.html

Idosos X Bolsa de Valores

   Os idosos estão mais confiantes no mercado acionário brasileiro do que os jovens neste começo de ano, período em que o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acumula baixa – o recuo no índice era de 1,8% até o dia 30 de março. Nos dois primeiros meses de 2011, enquanto a Bovespa registrou queda no número de investidores com idade entre 16 e 35 anos em relação ao mesmo período de 2010, as pessoas com mais 66 anos foram as que apresentaram maior crescimento, seguidas por aquelas na faixa dos 56 aos 65 anos.

http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2011/04/mais-endinheirados-idosos-ganham-participacao-na-bolsa.html

Vale

   A Vale informou na noite de quinta-feira, em fato relevante, que a controladora da companhia, a Valepar, vai realizar uma reunião prévia de acionistas na segunda-feira, dia 4, e do conselho de administração na quinta-feira, dia 7, para "homologar" a contratação de uma empresa internacional de seleção de executivos ("head hunter") para selecionar nomes no mercado para iniciar o processo de sucessão do seu presidente Roger Agnelli.

   Segundo comunicado da Vale ao mercado, os sócios deverão se manifestar sobre a indicação do futuro diretor-presidente da empresa "com base em nomes propostos em lista tríplice elaborada por 'head hunter', para assumir o cargo após o término do mandato" de Agnelli, que termina em maio.

   A Vale deve decidir o nome do novo presidente-executivo da mineradora em reunião do Conselho de Administração da Valepar marcada para o próximo dia 7 de abril.

Na reunião prévia do dia 4 participam todos os acionistas minoritários, como por exemplo o Opportunity, que possui 0,03% da Vale por meio da Eletron. Ficam de fora os quatro principais acionistas: Previ, Bradesco, BNDES e Mitsui, que participam apenas da reunião do conselho.
As reuniões acontecem em meio aos rumores de que o governo quer tirar o presidente da Vale para colocar um nome mais afinado com o Planalto, que poderia intensificar os investimentos da empresa na agregação de valor ao minério de ferro produzido no país, ou seja, construindo mais siderúrgicas.
Confira a íntegra do comunicado da Vale:
"A Vale S.A. (Vale) informa que recebeu correspondência de seu acionista controlador, Valepar S.A. (Valepar), comunicando a realização de Reunião Prévia de Acionistas e Reunião do Conselho de Administração da Valepar nos dias 4 e 7 de abril de 2011, respectivamente, com a seguinte pauta:
Homologar a contratação de empresa internacional de seleção de executivos (“Head Hunter”).
Manifestar-se sobre a indicação do Diretor Presidente da Vale S.A., com base em nomes propostos em lista tríplice elaborada por “Head Hunter”, para assumir o cargo após o término do mandato do atual Diretor Presidente".

Dólar fechou em queda

O dólar fechou em queda e atingiu nova mínima em mais de dois anos e meio nesta sexta-feira (1º). Depois de recuar 1,51% na quarta-feira, a divisa fechou na véspera em leve alta, mas voltou a cair no primeiro fechamento do mês de abril.

A moeda norte-americana recuou 1,16%, a R$ 1,610 na compra e a R$ 1,612 na venda. Esta é a menor cotação desde o dia 21 de agosto de 2008, quando fechou a R$ 1,611 - e antes da quebra do banco de investimento Lehman Brothers que marcou o auge da crise financeira global.
Só esta semana, o dólar acumula queda de 2,89%; no ano, a baixa atinge 3,24%.
Nesta sexta-feira, o Banco Central fez três leilões de compra no mercado à vista e um leilão de swap cambial reverso, onde vendeu 24 mil da oferta de 30 mil contratos --mas a queda do dólar acelerou após a maior parte da intervenção.
"No curto prazo, a gente vai testar alguns patamares. A gente vai testar R$ 1,60", disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
"Mas o governo não vai deixar (o real) valorizar demais", ponderou, comentando também que a partir do meio do ano a política de estímulo monetário nos Estados Unidos --um dos principais fatores para a queda global do dólar-- deve começar a ser revertida.

Estrangeiros pressionam por real mais forte
Por enquanto, o cenário internacional tem atuado a favor da valorização do real. O anúncio de que os Estados Unidos abriram 216 mil postos de trabalho em março aumentou o otimismo dos investidores nesta sexta-feira, valorizando ativos de maior risco e dando impulso também ao real.
Jorge Knauer, diretor de tesouraria do Banco Prosper, destacou ainda o crescimento expressivo das posições vendidas na moeda norte-americana como um fator decisivo para a tendência de queda do dólar diante do real.
Quando um investidor carrega posições vendidas, indica que aposta em uma valorização do real. Do dia 17 de março até o final do mês, os investidores estrangeiros, por exemplo, elevaram as posições vendidas de US$ 10,16 bilhões para US$ 17,46 bilhões, maior nível do atual ciclo de queda do dólar iniciado após a recuperação da crise global.
"Quanto maior essa posição, maior o domínio que você tende a ter sobre o mercado. Se você tem uma posição dessa e vende 10 mil contratos (equivalente a US$ 500 milhões), você nem aumenta muito sua posição, mas faz um estrago grande no mercado", disse Knauer.